terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O QUE É ESPAÇO?

Arte Digital Surrealista de Marcel Caram - A Porta, o Tempo e o Espaço
O que é Espaço?
        
            No nosso dia a dia, reconhecemos e usamos espaços, mas responder a essa pergunta não é uma tarefa simples. A palavra espaço pode ter vários sentidos.
            Podemos entendê-la como sinônimo de lugar ou com o significado de distância entre dois objetos. Também podemos falar no espaço no sentido matemático, quando consideramos as três dimensões que o constituem: altura, largura e profundidade.
            Na astronomia, espaço é porção “vazia” do universo, onde existe apenas o vácuo. Existem ainda os espaços construídos pelo homem, como o arquitetônico, o político, e o cultural.
            E, nos tempos atuais, devemos considerar também a ideia de espaço virtual.
            Na arte, a questão do espaço tem sido uma fonte de inspiração e estudo por muito tempo. E você? Que tal ficar por dentro desse tema e fazer parte deste espaço?
Desenhando Mãos (1948) - M. Escher



Do Bi ao Tridimensional
             
Para começar nosso estudo do tema espaço, o primeiro passo que devemos dar é entender as três dimensões. São elas que permitem analisar e medir o espaço. Pensando geometricamente:
·         A primeira dimensão é representada pela linha, que pode ser medida de acordo com seu cumprimento.
·         A segunda dimensão é a altura. Juntando a altura e o comprimento, temos a superfície ou área.
·         A terceira dimensão é a profundidade. As três dimensões juntas definem o volume da figura.
Na arte temos obras que ocupam apenas duas dimensões, chamadas de bidimensionais, e outras que englobam uma terceira dimensão, chamadas de tridimensionais.
Kandinsky
O Ponto e a Linha

Para Kandinsky, que fazia relações entre a imagem, a música e a dança, o ponto era o início de tudo, por isso ele explorou as linhas e os pontos tornando-se o precursor da arte abstrata.
            O ponto também poderia transmitir a sensação de estabilidade, enquanto a linha, continuidade e movimento.
            Como podemos notar, algumas obras de arte são abstratas, outros são tão ligadas à representação fiel da realidade que chegam a enganar nossos olhos.
            Muitas vezes ficamos confusos, sem saber se a obra é uma foto, uma pintura ou a realidade. É como se a obra fosse uma janela aberta para o mundo real.
            Para conseguir essa ilusão, o artista precisa considerar muitos aspectos durante a criação. Um deles é a profundidade. Mas como o artista cria a ilusão de profundidade no espaço bidimensional contando apenas com a altura e a largura?
Planos
            Uma das maneiras de criar a ilusão de profundidade no papel é usar planos. Para entender melhor é só imaginar que um desenho pode ser formado por várias partes, colocadas umas sobre as outras. Podemos chamar essas partes de primeiro plano, segundo plano e planos intermediários.
·         Primeiro plano: também chamado de plano próximo, é aquele que parece estar mais perto do observador. Nele, em geral, as figuras são maiores, mais nítidas e estão colocadas na base inferior do desenho.
·         Segundo plano: também chamado de plano afastado, é aquele que representa o “fundo” da imagem, ou seja, o que parece estar mais distante do observador. Contém figuras pequenas, muitas vezes esfumaçadas e localizadas nas zonas superiores da tela.
·         Planos intermediários: são os que ficam entre os dois anteriores. Outro nome para esse tipo de plano é o plano médio.
A diferença entre as figuras do primeiro plano e do segundo plano é que há a ilusão de maior ou menor profundidade.
           
Nesta pintura, por exemplo, o primeiro plano engloba a vegetação, o segundo plano as montanhas e o céu, enquanto no plano intermediário se concentra no mar.


Estudo de Perspectiva


Perspectiva

            Outro modo de representar objetos com volume e paisagens com profundidade em uma superfície plana (ou seja, num desenho) é usar a perspectiva linear, conhecida também como a teoria da representação do verdadeiro, elaborada pelo artista italiano Filippo Brunelleschi
            Na perspectiva linear, nosso olhar “caminha” entre duas linhas imaginárias, que se encontram num lugar distante, chamado de ponto de fuga. É o que ocorre , por exemplo, quando avistamos uma estrada reta e bem longa e ela parece ir diminuindo de largura até terminar num único ponto, formando a figura de um triângulo. O ponto de fuga é a representação do infinito sobre o plano.
            Para desenharmos em perspectiva devemos observar três elementos:
·         Linha do Horizonte (LH) – é a linha imaginária do encontro entre o céu e a terra. Ela define o ponto de vista do observador, ou seja, a altura de seus olhos.
·         Linhas Convergentes – são linhas que no mundo real são paralelas, mas que na imagem em perspectiva parecem se encontrar num ponto.
·         Ponto de Fuga (PF) – é o local onde as linhas convergentes se encontram. Geralmente fica sobre a linha do horizonte. O ponto de fuga pode ficar no centro da linha do horizonte,à direita, à esquerda ou até mesmo fora da imagem retratada.

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