Arte Digital Surrealista de Marcel Caram - A Porta, o Tempo e o Espaço |
O que é Espaço?
No nosso dia a dia, reconhecemos e usamos espaços, mas responder a essa pergunta não é uma tarefa simples. A palavra espaço pode ter vários sentidos.
Podemos entendê-la como sinônimo de lugar ou com o significado de distância entre dois objetos. Também podemos
falar no espaço no sentido matemático,
quando consideramos as três dimensões que o constituem: altura, largura e
profundidade.
Na astronomia, espaço é porção “vazia” do universo, onde existe apenas o vácuo. Existem ainda
os espaços construídos pelo homem, como o arquitetônico,
o político, e o cultural.
E, nos tempos atuais, devemos considerar também a ideia
de espaço virtual.
Na arte, a questão do espaço tem sido uma fonte de
inspiração e estudo por muito tempo. E você? Que tal ficar por dentro desse
tema e fazer parte deste espaço?
Desenhando Mãos (1948) - M. Escher |
Do Bi ao Tridimensional
Para começar nosso estudo do tema espaço, o primeiro passo que devemos dar é entender as três dimensões. São elas que permitem analisar e medir o espaço. Pensando geometricamente:
·
A primeira dimensão é representada pela
linha, que pode ser medida de acordo com seu cumprimento.
·
A segunda dimensão é a altura. Juntando a
altura e o comprimento, temos a superfície ou área.
·
A terceira dimensão é a profundidade. As três
dimensões juntas definem o volume da figura.
Na
arte temos obras que ocupam apenas duas dimensões, chamadas de bidimensionais,
e outras que englobam uma terceira dimensão, chamadas de tridimensionais.
Kandinsky |
O
Ponto e a Linha
Para Kandinsky, que
fazia relações entre a imagem, a música e a dança, o ponto era o início de
tudo, por isso ele explorou as linhas e os pontos tornando-se o precursor da
arte abstrata.
O ponto também poderia transmitir a sensação de
estabilidade, enquanto a linha, continuidade e movimento.
Como podemos notar, algumas obras de arte são abstratas,
outros são tão ligadas à representação fiel da realidade que chegam a enganar
nossos olhos.
Muitas vezes ficamos confusos, sem saber se a obra é uma
foto, uma pintura ou a realidade. É como se a obra fosse uma janela aberta para
o mundo real.
Para conseguir essa ilusão, o artista precisa considerar
muitos aspectos durante a criação. Um deles é a profundidade. Mas como o
artista cria a ilusão de profundidade no espaço bidimensional contando apenas
com a altura e a largura?
Planos
Uma das maneiras de criar a ilusão de profundidade no
papel é usar planos. Para entender melhor é só imaginar que um desenho pode ser
formado por várias partes, colocadas umas sobre as outras. Podemos chamar essas
partes de primeiro plano, segundo plano e planos intermediários.
·
Primeiro plano: também chamado de plano
próximo, é aquele que parece estar mais perto do observador. Nele, em geral, as
figuras são maiores, mais nítidas e estão colocadas na base inferior do
desenho.
·
Segundo plano: também chamado de plano
afastado, é aquele que representa o “fundo” da imagem, ou seja, o que parece
estar mais distante do observador. Contém figuras pequenas, muitas vezes
esfumaçadas e localizadas nas zonas superiores da tela.
·
Planos intermediários: são os que ficam entre
os dois anteriores. Outro nome para esse tipo de plano é o plano médio.
A diferença entre as
figuras do primeiro plano e do segundo plano é que há a ilusão de maior ou
menor profundidade.
Nesta
pintura, por exemplo, o primeiro plano engloba a vegetação, o segundo plano as
montanhas e o céu, enquanto no plano intermediário se concentra no mar.
Estudo de Perspectiva |
Perspectiva
Outro modo de representar objetos com volume e paisagens
com profundidade em uma superfície plana (ou seja, num desenho) é usar a
perspectiva linear, conhecida também como a teoria da representação do
verdadeiro, elaborada pelo artista italiano Filippo Brunelleschi
Na perspectiva linear, nosso olhar “caminha” entre duas
linhas imaginárias, que se encontram num lugar distante, chamado de ponto de
fuga. É o que ocorre , por exemplo, quando avistamos uma estrada reta e bem
longa e ela parece ir diminuindo de largura até terminar num único ponto,
formando a figura de um triângulo. O ponto de fuga é a representação do
infinito sobre o plano.
Para desenharmos em perspectiva devemos observar três
elementos:
·
Linha do Horizonte (LH) – é a linha
imaginária do encontro entre o céu e a terra. Ela define o ponto de vista do
observador, ou seja, a altura de seus olhos.
·
Linhas Convergentes – são linhas que no mundo
real são paralelas, mas que na imagem em perspectiva parecem se encontrar num
ponto.
·
Ponto de Fuga (PF) – é o local onde as linhas
convergentes se encontram. Geralmente fica sobre a linha do horizonte. O ponto
de fuga pode ficar no centro da linha do horizonte,à direita, à esquerda ou até
mesmo fora da imagem retratada.
oie...
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