terça-feira, 26 de junho de 2012

III JORNADA TRANSDISCIPLINAR - FACE - CAPIM GROSSO


Participação em evento cultural na FACE em Capim Grosso: III Jornada Transdisciplinar regada a poesia, música, artes visuais e estudos relacionados a preservação do meio ambiente. O objetivo da minha participação no primeiro dia do evento era criar uma obra que tivesse relação com o tema apresentado no encontro. Para isso eu teria 3 horas para pintar um painel. Essa primeira imagem é o início do desenho.
Início do Desenho


           
Antes de falar sobre meu processo criativo, que é o objetivo principal desse blog, gostaria de falar sobre o que seria um painel.
Geralmente as pessoas confundem painel com mural. O mural, como o próprio nome diz, é realizado num muro, parede, e suas características principais são: Sua relação com o ambiente, sua durabilidade, pois ele deve ser realizado de modo que tenha a mesma durabilidade do local onde será realizado e por fim, ele não pode ser locomovido. O painel também conserva características semelhantes, porém ele pode ser transportado.
Bem, é óbvio que a primeira coisa que devemos pensar quando formos realizar um painel é no seu tema. Para isso me foi sugerido que eu realizasse uma pintura que revelasse um ambiente seco  que aos poucos fosse se tornando verdejante. Achei a ideia interessante, mas penso que seria mais instigante se eu pudesse criar um meio para surpreender o público. Assim, resolvi que faria uma pintura ao vivo desse ambiente seco  e quando todos estivessem pensando que a obra havia sido finalizada eu começaria a transformar este ambiente devastado numa paisagem repleta de verde.
Eu tinha essa ideia em mente, mas o desafio era finalizar a paisagem seca no momento em que todos estivessem chegando a um denominador comum sobre soluções para a preservação do meio ambiente. Assim que o encontro estivesse chegando ao fim eu modificaria a paisagem.
Para a realização do painel eu utilizei o papel cráfit, que também é um tipo de papel reciclável e tinta a base de água.
A pintura se trata de uma imagem figurativa inspirada nas xilogravuras de cordel buscando assim uma relação com o nordeste e o semiárido, região onde estamos situados. De cores chapadas e imagem estilizada buscando praticidade em sua construção devido ao curto tempo para ser realizada.
Esta pintura buscou traduzir de modo visual os questionamentos e as soluções  apresentadas sobre a preservação do meio ambiente no nordeste e em nossa região.
Início do ebate e os primeiros questionamentos sobre a preservação ambiental - Ao fundo estou realizando o desenho inicial.

Iniciando a pintura pelo segundo plano da paisagem, (o ultimo plano, o fundo - ao contrário do que a maioria pensa sobre primeiro e segundo plano, o primeiro plano é a parte que está mais próxima, o segundo plano é o fundo e o plano intermediário, o que está localizado entre esses dois planos, o meio)  desse modo evita-se acidentes sobre a pintura com a sobreposição de tinta dos ultimos planos sobre os primeiros.





Primeira parte da pintura





Pintura da vejetação seca finalizada


Paisagem finalizada. Depois que os questionamentos se direcionaram para soluções a realidade da pintura se modificou revelando consigo os frutos de um trabalho de preservação ambiental organizado podendo modificar a realidada da nossa região e do nosso estado com soluções simples que contribuiriam muito em tempos de estiagem prolongada. Mas para que a pintura da paisagem verdejante se sobreposse a pintura da paisagem seca se fazia necessário que a paisagem seca fosse pintada com cores transparentes, ou seja, que pudessem ser sobrepostas por outras cores, cores chapadas, por isso a escolha do amarelo e do marrom claro para pintar o rio seco e o cinza claro para pintar a paisagem devastada, só assim o verde da paisagem e o azul e branco do rio pode ser ressaltado.


            No ultimo dia do evento realizei uma exposição e montei um stand onde apresentei o meu cordel (A Biata e o Ateu). Também realizei um desenho de criação a carvão sobre papel cráfit do rosto de um “Vaqueiro Fumando”.
Início do desenho
            O objetivo desse desenho era revelar a introspecção desse personagem típico da nossa região num momento de descanso e reflexão. Essa temática do sertanejo sempre me foi recorrente devido as minhas memórias e minha relação com o semiárido por ter vivido nessa região.
            No final da programação este desenho foi sorteado entre aquelas pessoas que compraram um cordel no meu stand.








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