Participação em evento cultural na FACE em
Capim Grosso: III Jornada Transdisciplinar regada a poesia, música, artes
visuais e estudos relacionados a preservação do meio ambiente. O objetivo da
minha participação no primeiro dia do evento era criar uma obra que tivesse
relação com o tema apresentado no encontro. Para isso eu teria 3 horas para
pintar um painel. Essa primeira imagem é o início do desenho.
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Início do Desenho
Antes de falar sobre meu processo
criativo, que é o objetivo principal desse blog,
gostaria de falar sobre o que seria um painel.
Geralmente as pessoas confundem painel com
mural. O mural, como o próprio nome diz, é realizado num muro, parede, e suas características
principais são: Sua relação com o
ambiente, sua durabilidade,
pois ele deve ser realizado de modo que tenha a mesma durabilidade do local
onde será realizado e por fim, ele não
pode ser locomovido. O painel também conserva características semelhantes,
porém ele pode ser transportado.
Bem,
é óbvio que a primeira coisa que devemos pensar quando formos realizar um
painel é no seu tema. Para isso me foi sugerido que eu realizasse uma pintura
que revelasse um ambiente seco que aos
poucos fosse se tornando verdejante. Achei a ideia interessante, mas penso que
seria mais instigante se eu pudesse criar um meio para surpreender o público. Assim,
resolvi que faria uma pintura ao vivo desse ambiente seco e quando todos estivessem pensando que a obra
havia sido finalizada eu começaria a transformar este ambiente devastado numa
paisagem repleta de verde.
Eu tinha
essa ideia em mente, mas o desafio era finalizar a paisagem seca no momento em
que todos estivessem chegando a um denominador comum sobre soluções para a
preservação do meio ambiente. Assim que o encontro estivesse chegando ao fim eu
modificaria a paisagem.
Para
a realização do painel eu utilizei o papel cráfit, que também é um tipo de
papel reciclável e tinta a base de água.
A pintura
se trata de uma imagem figurativa inspirada nas xilogravuras de cordel buscando
assim uma relação com o nordeste e o semiárido, região onde estamos situados. De
cores chapadas e imagem estilizada buscando praticidade em sua construção
devido ao curto tempo para ser realizada.
Esta
pintura buscou traduzir de modo visual os questionamentos e as soluções apresentadas sobre a preservação do meio
ambiente no nordeste e em nossa região.
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Início do ebate e os primeiros questionamentos sobre a preservação ambiental - Ao fundo estou realizando o desenho inicial. |
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Iniciando a pintura pelo segundo plano da paisagem, (o ultimo plano, o fundo - ao contrário do que a maioria pensa sobre primeiro e segundo plano, o primeiro plano é a parte que está mais próxima, o segundo plano é o fundo e o plano intermediário, o que está localizado entre esses dois planos, o meio) desse modo evita-se acidentes sobre a pintura com a sobreposição de tinta dos ultimos planos sobre os primeiros. |
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Primeira parte da pintura |
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Pintura da vejetação seca finalizada |
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Paisagem finalizada. Depois que os questionamentos se direcionaram para soluções a realidade da pintura se modificou revelando consigo os frutos de um trabalho de preservação ambiental organizado podendo modificar a realidada da nossa região e do nosso estado com soluções simples que contribuiriam muito em tempos de estiagem prolongada. Mas para que a pintura da paisagem verdejante se sobreposse a pintura da paisagem seca se fazia necessário que a paisagem seca fosse pintada com cores transparentes, ou seja, que pudessem ser sobrepostas por outras cores, cores chapadas, por isso a escolha do amarelo e do marrom claro para pintar o rio seco e o cinza claro para pintar a paisagem devastada, só assim o verde da paisagem e o azul e branco do rio pode ser ressaltado. |
No ultimo dia do evento realizei uma exposição e montei
um stand onde apresentei o meu cordel (A Biata e o Ateu). Também realizei um desenho
de criação a carvão sobre papel cráfit do rosto de um “Vaqueiro Fumando”.
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Início do desenho |
O objetivo desse desenho era revelar a introspecção desse
personagem típico da nossa região num momento de descanso e reflexão. Essa temática
do sertanejo sempre me foi recorrente devido as minhas memórias e minha relação
com o semiárido por ter vivido nessa região.
No final da programação este desenho foi sorteado entre
aquelas pessoas que compraram um cordel no meu stand.
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